Mesmo exibido posteriormente ao lançamento de “Capote”, “Confidencial” não fugiu das inevitáveis comparações com o filme do diretor estreante Bennett Miller e que consolidou definitivamente a carreira de Philip Seymour Hoffman, vencedor do Oscar de melhor ator em 2006. Ambos são projetos de personalidade própria, mas é na visão de Douglas McGrath – também roteirista, inspirado pelo livro de George Plimpton – onde constatamos uma entrega mais evidente. Ainda que mais popular, o cineasta Miller compôs um filme tão formal que pouco dali poderia ser expressivo o suficiente para ocupar por um longo tempo as memórias de seus espectadores. Tendo uma postura oposta, McGrath cria momentos descontraídos nos momentos exatos e esbanja sentimentos quando tudo caminha para destinos mais drásticos.
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Com um pontapé semelhante de “Capote”, o escritor no auge da fama literária (aqui interpretado por Toby Jones, absurdamente perfeito e mais fiel as características de Truman Capote) deseja criar um gênero inovador, o romance de não-ficção. O processo de desenvolvimento lhe custou seis anos de dedicação e a história que ganhou o título de “A Sangue Frio” foi um sucesso de vendas, tornando-o um profissional mais prestigiado e rico. Para isto, chamou sua melhor amiga, a também escritora Harper Lee (Sandra Bullock, ótima), para ser a sua companhia nesta longa jornada. É em Kansas que sucedeu o assassinato de quatro membros de uma mesma família, cometido por Perry Smith (Daniel Craig) e Dick Hickock (Lee Pace). E é com a captura de ambos que Capote prossegue sua investigação jornalística com mais resultados, pois consegue acesso freqüentemente para entrevistas, especialmente com Perry.
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Assim, neste convívio entre os dois personagens, temos a maior força do filme, revelando detalhadamente a causa da prisão e o passado do assassino e escritor em conversas íntimos, se transformando em paixão (e maior polêmica da fita) de um pelo outro. Parece inacreditável, mas é neste laço que o filme constrói onde conseguimos compreender com mais certeza os motivos que fizeram o famoso escritor não encontrar mais inspiração para escrever outro sucesso sequer e até mesmo torcer que Perry consiga sobreviver de algum modo, mesmo já cientes de que sua morte é pura questão de decisão judicial. E por este motivo, “Confidencial” é rondado de mais comoção com os quais o público se importe verdadeiramente com este relato real. A recepção seria mais justa se o preconceito de distância das exibições ao redor do mundo não se tornasse tão expressiva para muitos.
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Título Original: Infamous
Ano de Produção: 2006
Direção: Douglas McGrath
Elenco: Toby Jones, Daniel Craig, Sandra Bullock, Lee Pace, Jeff Daniels, Hope Davis, Sigourney Weaver, Isabella Rossellini, Peter Bogdanovich, Juliet Stevenson e Gwyneth Paltrow.
Nota: 8.0
sABE QUE JUSTAMENTE O QUE ME surrpreendeu foi a atuação de Bullock, pois o filem não “aconteceu” comigo, estava muito preso a imagem do outra produção. É brabo isso, mas acontece – vejo caso igual no competente Ecos do Além que foi sugado e sumido pelo estrondoso O Sexto Sentido.
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Felipe, compreendo o seu conceito. Realmente é um tanto difícil se apegar a algo quando você já o fez de outro modo no passado. Coincidentemente, comprei nesta última semana o filme “Ecos do Além”, mas é tão bom que nem sinal de “O Sexto Sentido” (um filme ainda melhor) no decorrer da história.
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O filme de Miller sem dúvida era formalista, distanciado, quase frio, mas também muito bem dirigido e tecnicamente apurado. Acho difícil criar interesse em ver essa outra versão, até porque pelo trailer passava a impressão de ser um pastiche. Mas me surpreendi com os argumentos apresentados a favor dele aqui, e o elenco é atraente, não há como negar. Quem sabe eu o pegue-o em DVD algum dia!
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Amigoestou devendo um comentario aqui …mas calma … batendo o ponto, vejamos …Curiosamente Capote nunca me chamou atenção para assistir por alguns disserem não ser tão fiel quanto pode, mas já confindencial já ouvi grandes e sinceros comentarios fazendo assim um convite a minha pessoa a assistir … vamos ver se em alguma locadora perto de casa tenha esse filmeabraços amigo
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Gustavo, posso afirmar que, apesar das evidentes semelhanças, os filmes são muito, muito distintos. Não se engane enquanto ao elenco, pois quem mais aparece são Jones, Bullock, Daniels e Craig. Outros integrantes do cast como Gwyneth Paltrow fazem pontas especiais – mas dizem a que veio.
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JP, fica difícil desvendar se “Capote” é fiel ao fato, pois ele nos mostra os bastidores do desenvolvimento de um livro e não a adaptação do mesmo. O filme está no poder da Alpha Filmes, o que deve garantir dificuldades em encontrá-lo em qualquer locadora.Bom feriado.
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Prefiro o filme de Bennett Miller. Acho Confidencial um pouco frio e extravagante, mas certamente tem grandes pontos positivos, como a ótima interpretação da Sandra Bullock, surpreendente.NOTA: 6.5
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Ah, Matheus!Mas extravagância tem tudo haver com Thuman Capote!E a Sandra Bullock já é figura fácil na minha lista de melhores atrizes coadjuvantes. Vai saber por que as premiações lembraram da insossa Catherine Keener, e não de Bullock.
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Alex, finalmente você fala sobre esse filme por aqui. Ainda não consegui conferir “Confidencial”, mas já gostei do que você disse: que ele se diferencia de “Capote”. Isso é que é importante, já que, quando a gente vê filmes com o mesmo tema, procura assistir ao que tem melhor recomendação. E esse “Confidencial” passou meio que despercebido.
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Sou fã de “Capote” e tive que esquecer um pouco do filme para ver esse “Confidencial”. Adorei o resultado, pois ainda que não seja tão bom quanto o filme com o Philip Seymour Hoffman, consegue mostrar outra visão sobre o mesmo tema. Sem dúvida um ótimo filme, concordo com seus comentários.Abraço!
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É Alex, eu não sou muito de ver filmes sobre a mesma temática. Assiste a Capote e adorei, esse não me despertou muito interesse.
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Kamila, “Confidencial” só se assemelha mesmo de “Capote” pelo tema abordado, pois a forma como ele é encenado é muito distinto. Recomendo que veja às pressas essa grande produção!
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Vinícius, também gosto bastante do filme “Capote”, mas pude encontrar mais virtudes no filme de Douglas McGrath. Mesmo com essa diferença de opiniões, já estou satisfeito por ter concordado com a minha análise.
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Cassiano, mas não deixe “Confidencial” passar batido. O problema é que as duas produções foram rodadas praticamente no mesmo período, mas os produtores do filme de McGrath optaram por lança-lo somente depois de algum tempo. É um belo trabalho que merece ser apreciado.
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Estou tentando, Alex… Mas, as locadoras daqui não ajudam. 🙂
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Kamila, para dizer a verdade, não vi nenhuma locadora até o momento que tenha o filme nas prateleiras. Acho que só deve ter na famosa Blockbuster.
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Evitei todas as comparações com Capote, mesmo assim, achei Confidencial superficial, frio, principalmente em relação ao relacionamento entre Truman e Perry, que soou muito fraco e distante. O elenco é sem dúvida o maior destaque, com Bullock como a melhor de todos. Nem a produção convence, ao lado da direção pouco inspirada e do roteiro bem, bem leve. Sou muito mais a densidade e a relevância de Capote, que promoveu um estudo mais completo sobre o personagem e sua relação com o livro e os acontecimentos. Fora que Hoffman é muito mais ator que Jones.*** [6,5]
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Aí está o problema, Alex: aqui não tem Blockbuster.
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Tenho muita curiosidade para ver esse filme. Gosto muito de Capote e mesmo trazendo o mesmo personagem, acredito que esse filme trará uma sivão diferente sobre o drama do escritor norte-americano. Espero ansiosamente.Lá no Moviola Digital, uma entrevista com o Cláudio Assis que consegui fazer com uma colega. Valeu!!
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Já está em DVD, é? Vou alugar. Mas não sou muito fã de CAPOTE. Só do Philip Seymour Hoffman.Abs!
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Como a Kamila disse…O fato de Capote e Confidencial serem diferentes…é o que importa!A diferenciação tem que existir!Ainda não vi nenhum dos dois….rsrsrs! Pode acreditar!Então fico por aqui na discussão…Belo texto….ótimas comporações!
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Nunca pensei em ver “Sandra Bullock” e “ótima” na mesma frase hehehe.
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Wally, sinto muito mas discordo de absolutamente tudo, desde o conceito até sobre os pontos que você imprimiu sobre o filme. Não há como negar que “Confidencial” consegue atingir o âmago do seu espectador nos instantes finais, quando o destino de Perry Smith é selado.Além do mais, o roteiro é denso o suficiente para nos fazer envolver com o trágico passado de Perry e o melancólica juventude de Capote. Coisa que a produção estrelada por Hoffman não fez em momento algum.Reveja o filme!
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Kamila, então já estou cruzando os dedos para você conseguir ver o filme de alguma maneira, nem se for para aguardar uma exibição na TV a Cabo.
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Rafael, pode ter certeza de que você não verá uma cópia de “Capote”. Ainda que gire em torno da mesma premissa, “Confidencial” é único, é uma produção de tremenda personalidade!Vou passar durante este Domingo no seu endereço para acompanhar a entrevista realizada.Abraço.
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Otavio, Philip Seymour Hoffman é um dos grandes motivos que fazem “Capote” ser uma produção acima da média, ainda que eu também não seja lá grande fã (pouco me recordo sobre o filme). O filme já está disponível no formato desde o mês passado. Vale o aluguel!
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William, recomendo que veja, então, as duas produções. Sei que a embalagem é típica daqueles filmes que você pensa na hora de ir na locadora: “hum, deve ser bom, mas vou deixar para uma próxima vez”. Mas vale a pena dedicar um tempinho para assistir aos filmes. Ah, aproveitarei a ocasião e alugarei no início de dezembro o filme “A Sangue Frio”, que é inspirado inteiramente em Penny Smith e Dick Hickock .
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Anderson, não seja mau!Bullock está muito bem no papel, o que é difícil de se constatar na difícil fase que está vivenciando recentemente em sua carreira, pois só destaco sua presença neste “Confidencial” e em “Crash – No Limite”.
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[…] de 2008: Filme (TOP 10) EM 2007: 10 – TROPA DE ELITE; 9 – ENCANTADA; 8 – CONFIDENCIAL; 7 – EXTERMÍNIO II; 6 – SEGREDOS NA NOITE; 5 – PERFUME – A HISTÓRIA DE UM ASSASSINO; 4 – PECADOS […]
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[…] mais densas. Os resultados foram bem-sucedidos (”Crash – No Limite” e “Confidencial“) e mal-sucedidos (”A Casa do Lago” e “Premonições“). Mas quem […]
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[…] Bennett Miller faz um filme oposto àquele de Douglas McGrath – coincidentemente, “Confidencial” foi rodado ao mesmo tempo que “Capote” e lida com a mesma temática -, pois aqui a história […]
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[…] Em 2012: Jean Dujardin, por “O Artista” Em 2011: Mikael Persbrandt, por “Em Um Mundo Melhor“ Em 2010: Nicolas Cage, por “Vício Frenético“ Em 2009: Richard Jenkins, por “O Visitante” Em 2008: Philip Seymour Hoffman, por “Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto” Em 2007: Toby Jones, por “Confidencial“ […]
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