Resenha Crítica | Ponto de Vista (2008)

Em Salamanca, localizada na Espanha, o Presidente americano Ashton (William Hurt) sobe ao palco e encara centenas de pessoas para discorrer sobre o combate ao terrorismo. Mas antes que as suas propostas sejam ouvidas por toda aquela multidão centrada na Plaza Major, tiros e explosões resumem o seu discurso. Estes ataques são vistos em um trailer por Rex Brooks (Sigourney Weaver) e toda a equipe televisiva com a qual está cobrindo todos os detalhes da conferência. Resta saber quem está por trás desta ação e como estão agindo. Aparentemente uma missão da qual o espectador apreciaria com a maior serenidade, se não fosse as artimanhas que a direção de Pete Travis e a história de Barry Levy armam.

Trata-se de um filme que depende das perspectivas de seus personagens para encontrar uma resolução tanto para desvendar o culpado pelo crime quanto para compreendermos o que é forte ao ponto de unir tantas pessoas desconhecidas entre si num mesmo acontecimento. Isto faz com que só possamos retomar o fôlego quando o bem-vindo relógio nos informa que o mesmo episódio será repetido, só que protagonizado por outro personagem. Desta forma, também nos relacionamos com Thomas e Kent (respectivamente, Dennis Quaid e Matthew Fox), agentes veteranos que protegem o Presidente; o turista americano Howard (Forest Whitaker), que acredita ter filmado o atirador; o policial Enrique (Eduardo Noriega), possivelmente envolvido no ataque, entre outros.

O recurso de “rebobinar” uma trama inúmeras vezes não atraem a todos, vendo que deve haver algum desapontamento ao retornar a um mesmo início. Mas o roteiro de “Ponto de Vista” é eficaz ao concluir cada um dos atos com pontos culminantes, fazendo com que todos os confrontos e questões solucionadas sejam condensados somente no aguardado desfecho, menos surpreendente como se espera – ainda que não diminua os créditos obtidos neste primeiro filme de Travis, que reserva muita adrenalina e tensão como todo entretenimento de primeira.

Título Original: Vantage Point
Ano de Produção: 2008
Direção: Pete Travis
Elenco: Dennis Quaid, Matthew Fox, Forest Whitaker, Bruce McGill, Edgar Ramirez, Saïd Taghmaoui, Ayelet Zurer, Zoe Saldana, Sigourney Weaver, William Hurt, James LeGros, Eduardo Noriega, Richard T. Jones, Holt McCallany, Dolores Heredia e Alicia Zapien

16 Comments

  1. Lembro muto bem das pessoas que estavam no cinema se lamentado a cada hora que o filme parava e ‘rebobinava’ ahha, audacia do diretor, e honestamente achei ridiculo, pois parava em um momento importante da trama (paecendo uma novela que termina o seu capítulo) e depois retornar deixando vago vários outros elementos… e o pior não os explciando posteriormente em outras rebobinações… assim o filme vai indo, por exemplo, qual o papel da Sigourney Weaver no filme… ou daquele cinegrafista “comrrompido” pelos terroristas… enfim, o filme não me agradou, pois esperava algo diferente… mas em termo de ação ele é ótimo, as cenas são ótimas e a sequencia final com a ambulancia desgovernada prestes a atingir a garotinha é fantastica… pena que o filme não tenha termiando nesse ponto… mesmo assim é uma boa distração…
    abraços

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  2. O filme começa bem legal, intrigante, com um tom de suspense e vai envolvendo com a audacidade do diretor, e realmente entretem, principalmente quando terminam as paradas e voltas. Pena que temos inúmeros furos e algumas subtramas tolas, como aquela da menina, que protagoniza uma cena vergonhasamente ruim. Mas a edição é genial e o filme, ao mostrar várias aspectos de um mesmo acontecimento, é um refresco para muitos filmes desmiolados do gênero de ultimamente.

    Nota 7,5

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  3. Alex, eu achei esse filme muito legal. As cenas de ação, especialmente aquela perseguição de carros nas ruas de Salamanca, foram muito bem feitas. O que me irritou mesmo foi a irregularidade entre as historinhas de cada personagem. E acho que o recurso de rebobinar acaba irritando, em determinados momentos.

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  4. Ainda não vi esse, mas me chamou a atenção o fato dessas perspectivas diferentes sobre a mesma história. Mesmo com as opiniões divididas, acho que ainda o verei no cinema.

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  5. Depreende-se, do seu texto, que se trata de uma experiência entretida, competente, mesmo que não particularmente especial. Não é todo dia que fitas competentes assim saem dos portões de Hollywood, então, quando passar aqui, vou seguir a recomendação!
    E o elenco é deveras atraente.

    Cumps.

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  6. Conferi o filme ontem e confesso que esperava mais. Esse tipo de trama me agrada bastante, só que achei fraco demais para ser levado a sério – parece mais um telefilme daqueles que passam no Super Cine…

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  7. • Rodrigo, também não posso negar que fiquei incomodado com algumas pessoas presentes na exibição do filme, especialmente algumas garotas que por pouco mandei calar a boca, rs. Já tinha uma impressão de como seria o filme, mas nãp imaginava que seria tão bom e divertido. Gostei bastante.
    Abraço.

    • Wally, gostei de todas as perspectivas do filme. As partes com aquela garotinha chata são um pouco ruins, mas, assim como o Rodrigo disse, o momento dela no meio da rua é angustiante.

    • JP, mas o Eduardo Noriega é um dos atores mais bem aproveitados do filme.

    • Pedro, que bom ter concordado com o meu pequeno texto. Desejo a você uma excelente semana.

    • Kamila, eu gostei demais deste recurso de rebobinação. Tanto que, a cada nova perspectiva, ficava ainda mais interesado no filme.

    • Vinícius, mas o Super Cine de vez em quando nos entrega bons suspenses, rs. “Ponto de Vista” provavelmente é um filme sem nenhuma pretensão. Deve ser por isso que, ao seu modo, acabou me conquistando.

    • Gustavo, não tenho certeza de que “Ponto de Vista” seja um bom programa para você. Mas acredito que ao menos você deve se divertir um pouco.
    Abraço!

    • William, provavelmente será um filme bem comentado e recomendado pelas pessoas com o seu lançamento em DVD. Eu, por exemplo, fui ver o filme nos cinemas através de uma recomendação de uma amiga de trabalho. Espero que o curta bastante no DVD.
    Abraço!

    • Otavio, com toda a certeza. Se divertir um pouco na sala de cinema faz muito bem de vez em quando, mesmo que seja num filme que, como você disse, não seja inteiramente imperdível.
    Abraço.

    • Anderson, talvez você não goste muito de ver Sigourney Weaver numa participação pequena. Mas Eduardo Noriega aparece bastante e é responsável por um dos melhores momentos do longa.

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  8. • JP, ao lado de Dennis Quaid e Forest Whitaker, o Noriega é um dos membros do elenco que mais aparecem na tela, além do peso do seu personagem no desenvolvimento da história.

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